terça-feira, 30 de agosto de 2016

Eu sonho!



O sonho se tornou meu refúgio
desde que o destino nos tirou o convívio diário.
Era nele que eu te abraçava
quando a saudade apertava,
quando a falta doía.
Acordar significava tristeza
e eu tentava, muitas vezes sem sucesso,
recuperar o devaneio e novamente te encontrar.
Hoje, esse mesmo sonho traz angústia.
Cada vez que nele nos encontramos,
paira sobre mim uma dúvida:
seria este sonho um sinal?
E então o medo toma conta de mim.
Voltar a sonhar não é mais um desejo.
A luta contra o repouso se faz necessária,
e eu troco o sonho pelo meu pensamento.
Este eu ainda posso controlar...
Não sei se nesta noite nos encontraremos.
Não sei se quero.
Não! Não quero!
Ou quero... Quero!
Verei o sonho como uma criança travessa!
Uma criança que faz pirraça,
mas enche o mundo de paz ao sorrir.
Será o sonho meu amigo mais fiel,
e não me importarei com suas brincadeiras tolas.
Será o sonho que nos colocará em comunhão
quando a vida nos separar de vez.
Será o sonho que me aconchegará em teus braços,
que me permitirá beijar a sua tez,
que escolherá a nossa canção.
É com esse sonho... que eu sonho!


Bruna Lugatti

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