segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O melhor de mim...


Eu amo a chuva! Amo! Parece que nos dias de chuva eu encontro paz. Encontro a minha paz! Sinto que tudo o que de mais belo que existe em mim aflora com as águas que caem do céu. Meu despertar mais alegre, meu sorriso mais bonito, meu 'bom dia' mais amável... Tudo faz sentido num dia onde a bruma se faz presente. 

Penso que, como um flor, que necessita da água para lavar suas pétalas e lhe dar mais vida, também eu preciso de água para me livrar de coisas que eu não preciso guardar. Águas que venham formar um amálgama com minhas lágrimas e me livrar do pesado fardo do disfarce. 


Águas suaves que venham beijar meus lábios e levar embora o sabor salgado da tristeza que teima em externar. E, então, eu sinto uma vontade quase indomável de correr pela chuva, dançar, pular e deixar que passeie pelo meu corpo a felicidade líquida que encontrei. 


Mas acabo me contentando com a minha janela, com o cheiro da chuva... E o que pode parecer pouco, na verdade, é muito! Adormecer se torna mais fácil e - que ironia! - acordar com um pouco de Sol no dia seguinte já não seria o pior dos castigos, mas que bom seria poder sorrir meu sorriso mais bonito e dar meu 'bom dia' mais amável...





quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Vamos seguir... com cautela!





Me espanta a velocidade com que deixamos de desgostar das coisas, das pessoas. Vamos atropelando relações, deixando situações mal resolvidas porque a oferta é muito grande. E a demanda também...

Sempre fui uma amante do poder que a internet tem de reunir pessoas que, provavelmente, jamais se cruzariam. Por volta de 2009, 2010 deixei minha tia louca ao conhecer pessoalmente um catatau de pessoas que a internet me 'apresentou'. Lembro que despenquei até São Paulo para encontrar um grupo que comungava da mesma estima que eu por uma série. 'Uma insanidade!',pensou minha tia. E eu simplesmente amando romper as barreiras geográficas para conhecer essa gente toda! 

Mas, como tudo na vida, com o bônus vem também o ônus. Essa gama de 'amigos' muitas vezes torna as relações mais superficiais, passageiras. A possibilidade de encontrar pessoas com gostos semelhantes é muito grande e você pode, facilmente, com um simples clique, excluir as pessoas da sua vida. Eu mesma faço minhas faxinas de vez em sempre. 

Amamos e desamamos na mesma velocidade do nosso provedor. Está certo isso? Não me parece. Tem alguma coisa errada nessas relações. Eu supunha que o problema estivesse fadado ao virtual somente, mas, com o tempo e a experiência,  fui percebendo que, por nossa vida hoje estar tão entrelaçado ao virtual, transferimos esse erro ao mundo 'real' também. Nossa vida, muitas vezes, tem como tema o belo livro 'Amor líquido', do Zygmunt Bauman. 

Será mesmo que nada é pra durar? 




Eu não saberia e nem poderia afirmar, por exemplo, se a internet é a grande culpada por nossas relações se tornarem tão líquidas. A televisão foi a grande vilã por um determinado tempo, é bem verdade. Mas eu sinto que a quantidade de pessoas faz com que nosso problema se torne maior. Meu incômodo passa pela superficialidade das muitas relações que temos. Mas, talvez, seja um incômodo somente pra mim. Talvez esse mundo corrido, tomado de pessoas carentes e necessitadas de exposição e aceitação seja normal pra muita gente, pra maioria. 

Talvez esse amor passageiro seja o combustível do mundo atual. Mesmo...




Sim, eu economizo 'eu te amo' e todo mundo sabe. O que nem todo mundo sabe, é claro, é que deixei de falar alguns, omiti. Mas o que eu sei é que todos que eu falei foram sinceros. Todos merecidos e bem direcionados. Mesmo que tenham sido jogados ao vento...





Sinto-me ainda perdida nesse mundo que 'ama' uma pessoa e um poste com a mesma intensidade. Mesmo! Esse mundo que não se preocupa com o que palavras e ações podem causar no outro ainda me estarrece, me entristece. Esse mundo que só digita, e que muitas vezes digita coisas que são mal interpretadas, precisa de mais abraço, perdão, conversa, encontros...




As pessoas não vão mudar só porque eu quero. Eu é que preciso mudar. Mas não mudar para me tornar como elas, preciso mudar para saber lidar com elas. Esse é meu grande desafio, e creio que seja o de todo mundo que sente o que eu sinto. Mas a certeza de que qualquer relação vale a pena faz a gente continuar, mesmo que o sofrimento dê as caras de vez em quando. Os errados não somos nós, são eles!... ou não! É, não temos como saber. Vamos cultivar o que deu certo e esquecer, mesmo lamentando, o que deu errado. Mas vamos seguir... com cautela! 
















terça-feira, 9 de junho de 2015

Menos encheção de saco, mais preguiça



Eu sou cristã. Sou católica apostólica romana. Mas acho que nunca sofri preconceito por causa disso. Deve ser porque nunca quis impor minha fé. Nunca a empurrei goela abaixo de ninguém. Isso se deve ao fato de eu não achar a minha religião melhor do que qualquer outra, e nem ficar por aí gritando aos quatro ventos seus dogmas e ideais.
Sou até demasiadamente passiva quando leio ataques às minhas crenças, mas acho que encontrei nessa passividade a paz que eu precisava. Algumas guerras não valem a pena, não valem meu suor. Algumas pessoas não merecem meu tempo.
Conheço pessoas que são como eu, e, preciso dizer, elas são legais pra caramba! Elas não enchem a minha timeline de lutas, elas vivem a luta. Elas não me azucrinam com frases feitas ou guerras antigas e batidas.
Gosto de gente que ama o diferente, o semelhante. Não gosto de gente que diz que ama o diferente, o semelhante. Meus amigos negros não precisam que eu poste diariamente que eu não sou racista. Eles sabem que eu não sou. Meus amigos gays sabem perfeitamente que pra mim pouco importa se eles namoram homens ou mulheres.
Vivemos tempos difíceis. As redes sociais se tornaram uma vitrine de ética e boas maneiras. Fala-se muito, faz-se pouco. As pessoas compartilham, compartilham e compartilham e os '‪#‎SomosTodosMacacos‬' da vida se tornam verdades indiscutíveis.
Todos sabem de tudo, todos conversam sobre tudo. Quase tenho inveja disso, porque eu realmente não tenho conhecimento sobre todos os assuntos. Uma pena. Ou não...
Eu só queria que aqui fosse um lugar de distração, porque na missão social nós falhamos, exageramos, passamos do ponto. Ficou chato. Está chato demais! Erramos na mão, vamos assumir.
Melhor dar um tempo disso aqui. Vamos postar menos e fazer mais. Ah! Vamos fazer, mas fazer sem postar. Vamos lutar juntos, mas no corpo a corpo, nada teclado. Bora amar os 'diferentes', se é que eles são realmente 'diferentes'. Não pra mim, mas...Acho que eles precisam mais disso do que uma publicação com um texto bonito. Bora deixar esse espaço aqui pras zoeiras que never ends.

Menos texto, mais ação. 
Menos encheção de saco, mais preguiça...

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Precisávamos desse #SomosTodosMordaça?



Amor e Paixão. 

Todos queremos amor e paixão na vida. Em todos os campos dela. Na minha vida eu tenho alguns amores e paixões. Alguns deles são constantemente declarados por mim. 

Amo o Flamengo e tenho paixão por futebol. Eis a combinação perfeita! Realmente não consigo imaginar minha vida sem o Flamengo em campo. Pode parecer meio passional demais, e é. Juro que concordo. Mas amor é assim mesmo. A gente sente. Só sente. A paixão é meio diferente. Ela toma conta da gente, nos cega, nos arrebata. Eu fui, sou e serei eternamente arrebatada por esses dois. 

Só quem sente prazer, no sentido mais literal da palavra, consegue entender o que eu escrevo nesse momento. Pense aí em alguma coisa que desperte amor e paixão em você. Não pense em alguém, pense em algo. É bom, né? Eu acho. Muito! 

O fato é que as paixões nos decepcionam também, nos entediam. Tem momentos em que o futebol me enche o saco! Dentro de campo e fora dele. Está difícil acompanhar com ânimo um Flamengo x Bonsucesso, numa quarta-feira, às 22 horas da noite, por exemplo. Mais difícil ainda é sair de casa para ir ao estádio torcer por um time sem vontade, sair do jogo quase meia-noite e voltar pra casa já pensando em acordar dali a pouco tempo para trabalhar. Bota difícil nisso! 

Mas se dentro de campo está ruim, pelo o que vem sendo noticiado, podemos deduzir que fora dele a situação não é diferente. Não tem '7 a 1' que dê jeito. Sofremos com campeonatos regionais fracos, com times pequenos sendo usados pelas federações e estádios vazios. Estádios VAZIOS! Trazendo pra minha realidade, o Rio de Janeiro, o que vejo é uma vergonha! Uma vergonha com os clubes e, pior, com os torcedores.

O futebol, que vem sendo 'profissionalizado', esquece da sua essência. A política fala mais alto do que a justiça, interesses corroboram a falta de vontade de fazer um campeonato decente, um sofisma de que as coisas estão melhorando reina e o esporte é deixado de lado. 

Até quando vamos aguentar isso? Nós, amantes do esporte, não podemos permitir que essa prática contumaz permaneça viva. O que faremos? Vamos protestar! Vamos reclamar! Vamos apontar nossos dedos! 

Opa! Acho que não podemos. Mas estamos em 2015! Sim, mas parece que é só no calendário mesmo. O pensamento de quem rege o sistema continua retrógrado. Eles nos dão o 'direito' de falar o que quisermos, desde que não seja para protestar, contestar. 

Numa tentativa de mudar esse cenário, e de melhorar a situação dos clubes, claro, mas também mudar esse formato que só diminui o campeonato regional, Flamengo e Fluminense se uniram contra uma Federação que não visa muito os interesses dos clubes do estado. Me espanta o fato do Botafogo não estar unido aos outros dois. Já o Vasco não é surpresa para ninguém não dar voz ao coro da dupla Fla-Flu, uma vez que seu Presidente comunga de grande parte dos ideais da Federação. 

Queremos estádios modernos? Claro que sim! Quanto mais conforto, melhor (os saudosistas que me perdoem). Mas também queremos estádios CHEIOS. Queremos que nossos jogadores façam gols e possam ir comemorar com os TORCEDORES sem levar cartão amarelo. Essa besteira é profissionalizar o futebol? Queremos que nosso adversário tire onda com a nossa cara (sem racismo, preconceito ou homofobia, obviamente) sem que ele seja punido. Essa besteira é profissionalizar o futebol? Queremos ser menos reféns da televisão. 

O futebol precisa ser mais profissional sim, mas não nesse caminho que estamos seguindo. Não dessa forma, sem diálogo, sem poder criticar. O futebol, e o esporte em geral, precisam ser discutidos. Não dá pra tratar com frieza e desleixo coisas que mexem tanto com o emocional das pessoas. Não tem mais jeito, eu sei. Esporte é dinheiro. Mas esporte também é amor. É paixão! E tem o poder de mudar pra melhor a vida das pessoas. Essa máquina na qual transformaram o esporte pode pifar a qualquer momento. As práticas não são sustentáveis. O retorno é muito menor do que deveria ser. Por que? Porque estamos fazendo tudo errado! Temos uma máquina que não sabemos usar direito. Uma máquina com várias funções que desconhecemos. 

O caminho é longo, é bem verdade, mas alguém precisava dar o primeiro passo. Que Flamengo e Fluminense entendam a importância do passo que deram e que deem continuidade à jornada, deixando um pouco de lado os interesses de cada um e reconhecendo que às vezes é preciso dar um passo atrás para conseguir dar dois passos à frente. 

Que esse Fla X Flu do dia 05 de abril seja um divisor de águas no futebol carioca. Que rubro-negros e tricolores se unam num clássico de paz e harmonia. Que a disputa dentro e fora de campo seja saudável e que a rivalidade fique no campo do respeito ao outro. 












quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Tudo certo?!

Aí a vida te joga no meio de um ciclone (não o do Rio de Janeiro que nem deu as caras por aqui), mas um ciclone 'daqueles'! Tudo em volta parece desmoronar e sua fé parece distante. Não, ela não parece, ela está distante.

Respirar se torna a mais difícil ação e a sensação é de estar debaixo d'água e que a qualquer momento o corpo não conseguirá mais suportar a pressão de lutar por um pouco de ar, por um sopro de vida.

O peso de uma vida que seguiu por caminhos que não deveria parece insustentável e querer ajudar sem saber como machuca de uma maneira que deixa marcas pra todo o sempre. Solução? Que solução? Essa não existe! Busquei por ela durante anos e nunca sequer cheguei perto dela. O fim parece próximo. Não todos os dias, é bem verdade, mas há momentos em que é possível quase tocar, sentir o fim.

Eis que então a vida, sim, a mesma que te colocou nessa situação, como que numa ação programada, faz a maré baixar, e respirar deixa de ser tão complicado. Você ainda está ali, no olho do furacão, mas o desespero já não é tanto, e com calma é até possível enxergar que não era o fim que estava perto, era a paúra. Então tudo parece mais claro, mais limpo e você percebe as pessoas ao seu redor. E... que curioso! Elas também estão ali, lutando com você e por você!

E é nesse momento que você sente vontade de viver mais, de viver por elas. Você não está só! E saber disso te dá uma força que você até esquecera que tinha. E aí você quer ver mais pessoas, quer lutar por elas, quer estar com elas! E mesmo que a situação não seja das melhores, você sente vontade de respirar. Respirar fundo, sem doer.

O fim? Ele continua ali, esperando. Mas ele já não precisa mais estar tão perto. Deixa ele lá! Ah! Faça o mesmo com passado. Não o traga para o presente com frequência, só em momentos estratégicos. Deixe por perto somente o que te faz bem, QUEM te faz bem. Fazer isso é fácil? Claro que não! Eita exercício difícil! Mas, pera aí, alguma coisa foi fácil esse tempo todo? Desconfio que não. Esse é um exercício diário.

 Pois então agora eu vou ler um livro pra tentar esquecer...
Amanhã eu quero deixar que meus olhos se encham de lágrimas quando eu for trabalhar e olhar pro 401 e mandar um beijo pro meu avô que estará lá me esperando para dar tchau....
Depois de amanhã eu quero rir das mensagens de alguns amigos...
Depois de depois de amanhã eu quero desabafar com outros...
Depois de depois de depois de amanhã eu vou escrever o que eu conto só pra mim...
Depois de depois de depois de depois de amanhã eu...